Copiar é preciso. Viver não é preciso.

quarta-feira, 29 de agosto de 2007

Já Bocage não sou!... À cova escura


Já Bocage não sou!... À cova escura

Já Bocage não sou!... À cova escura
Meu estro vai parar desfeito em vento...
Eu aos céus ultrajei! O meu tormento
Leve me torne sempre a terra dura.

Conheço agora já quão vã figura
Em prosa e verso fez meu louco intento.
Musa!... Tivera algum merecimento,
Se um raio da razão seguisse, pura!

Eu me arrependo; a língua quase fria
Brade em alto pregão à mocidade,
Que atrás do som fantástico corria:

Outro Aretino fui... A santidade
Manchei!... Oh! Se me creste, gente ímpia,
Rasga meus versos, crê na eternidade!

Bocage

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Eu sou um eterno amante pelo novo, pelo revolucionário, pelo simples, pelo inovador, pelas mentes abertas. Amo poesia, seja escrita, vista ou vivida. Não tenho tudo que amo, mas amo tudo que tenho. As vezes nos silêncios somos abraçados por Deus.